Ana Pedreira tem 22 anos mas a maturidade que apresenta ultrapassa em larga escala a idade do Cartão do Cidadão. Desde pequena, a comunicação era a sua segunda pele e dizia que queria ser jornalista. O bichinho da escrita acabou por não ficar durante o liceu e a jovem escolheu a vertente de Audiovisual e Multimédia, curso que terminou e ao qual se seguiu Design de Moda, uma área pela qual também é apaixonada. Na sua página de Instagram, é fácil ver a amálgama destes conhecimentos, com fotografias pensadas e concretizadas de forma a que a cor seja a primeira coisa que salta à vista. Uma criadora de conteúdos que gosta de experimentar “sem medo de errar pelo caminho”, jogando com a mistura de estéticas e trabalhos pouco expectáveis, sempre “partilhando e comunicando com os outros” e, claro, não deixando de aprender.
- O que é viver em pleno?
Viver em pleno é viver tranquilamente connosco próprios, com as pessoas que nos rodeiam, estarmos felizes e concentrarmo-nos nas coisas boas e não tanto nas más. Para mim, é focar-me em tentar ser melhor do que era. Viver em pleno é uma constante mudança do que somos para o que queremos ser.
- Que dom trazes contigo?
O que gosto mais em mim é o facto de ser criativa. Não acho que tenha um dom em particular, gosto de explorar várias áreas, experimentar várias coisas, não me vejo a escolher só uma.
- Quando foi a última vez que fizeste algo pela primeira vez?
Hoje ouvi um álbum novo às 6h00 quando acordei e há pouco tempo comecei a estudar cristais. Estou constantemente a experimentar, ouvir, ler coisas novas.
- O que te ampara nos dias difíceis?
A minha família e a minha cadela, Lira, que adoptámos na quarentena passada. Às vezes estou triste e ela tem aquela energia de cachorro que faz com que tudo passe.
- Que objectos salvavas num incêndio?
A minha colecção de joalharia! Adoro coleccionar coisas vintage, é mesmo verdade aquilo que dizem “o que é lixo de uns é o tesouro de outros”. O resto podia arder tudo. (risos)
- O que as pessoas mais te dizem?
“Pensava que eras mais alta” ou “não acredito que és Escorpião” (risos) Relativamente à minha página, dizem que gostam do que eu faço, da minha coragem de sair fora de caixa. Em termos de criação de conteúdos, não assumo propositadamente um papel de inspirar outras pessoas mas se conseguir passar a mensagem de que podemos ser quem somos sem medo de sermos julgados, isso para mim já é um bom trabalho.
- Quando te surpreendes a ti própria?
Quando tomo atitudes que há uns anos atrás não tomaria. O crescimento pessoal faz-me ter orgulho em mim mesma, é bom saber que estou a melhorar e que consigo ter mais paciência para lidar com os problemas.
- O que não suportas nem toleras?
Pessoas que não são civilizadas, que são rudes, que não tratam bem os outros.
- Que pessoa, viva ou morta, convidarias para jantar se o sim fosse assegurado?
Karl Lagarfeld, a cabeça dele trabalha de forma inigualável. Seria uma pessoa interessante para conhecer. Trabalhava para três marcas em simultâneo e mesmo assim fazia trabalhos tão diferentes, acho isso surpreendente e até, de certa forma, inalcançável.
- O que gostavas que te perguntassem?
Onde é que me vejo daqui a 10 anos. É uma pergunta que exige alguma reflexão, não saberia o que responder.


