Eis que é chegado o tempo de uma aposta clara e efetiva na juventude e na concretização de promessas eternamente repetidas e adiadas. “Os jovens são o futuro!”, ouvimos por aí. Mas será realmente assim? Permitam-me que acrescente: os jovens são o presente que quer ter futuro!
Vivemos momentos desafiantes nos quais as intenções e as desculpas já não surtem efeito. É preciso apostar, definitivamente, nos jovens, canalizando ideias e vontade em ações concretas e promotoras de uma real emancipação. Enfrentamos uma nova crise económica e social que, no caso das jovens gerações, irá agudizar os já existentes fenómenos de precarização e instabilidade. É, por isso, imperativo assegurar as condições necessárias a uma emancipação condigna, garantindo que os jovens prosperem no presente para serem o futuro.
Assim, a aposta deve recair em políticas públicas com respostas concretas para os desafios dos jovens, como o acesso equitativo à educação e formação, a efetivação do trabalho digno e o acesso à habitação condigna, a garantia de cuidados de saúde eficazes, com enfoque na promoção da saúde mental, sexual e dos afetos, mas também a fruição da prática desportiva e da cultura, de um ambiente sustentável e do acesso universal à tecnologia, combatendo fake news, ódios e desigualdades.
A concretização de uma emancipação jovem condigna é uma luta de todos e para a qual cada um tem, no hoje e no agora, uma oportunidade única para ser parte da mudança que quer ver acontecer.