Laura Ferreira é uma das comunicadoras mais carismáticas da CidadeFM que até os mais mal-dispostos pela manhã não se importam de ligar a rádio e ouvir. Estudou Ciências da Comunicação e deixou o Porto para perseguir a sua paixão profissional em Lisboa. Por lá, acabou por assentar arraiais com o noivo, Henrique Mano, conhecidos como o ‘Casal Marabilha’, e foi, há pouco tempo, mãe de uma menina, a bebé Amália.
- O que é viver em pleno?
É viver a fazer o bem. Não há outra forma de viver. E por isso só pode ser esta a maneira de viver em pleno. Praticar o bem, querer o bem, fazer o bem. Há uma expressão em inglês que resume muito bem isto: be kind [sê gentil].
- Que dom trazes contigo?
O dom de juntar pessoas. Costumo dizer que a pandemia me privou de fazer aquilo que eu faço melhor: juntar pessoas. E quando as junto faço questão que estejam o mais felizes possível. Tenho muito orgulho em ser essa pessoa.
- Quando foi a última vez que fizeste algo pela primeira vez?
No ano passado, quando entrei para um grupo de teatro amador: o Grupo de Artes e Comédias do Banco de Portugal. Nunca tinha feito teatro, nunca tinha subido a um palco para representar e foi das experiências mais avassaladoras e gratificantes da minha vida. Vamos começar a encenar uma nova peça em breve e já estou mesmo ansiosa por vestir a pele de uma nova personagem, aprender novas técnicas, desafiar-me em cada ensaio e gerir ansiedades aquando da estreia. Fazer e ir ao teatro é mágico. Vão, sempre que possam!
- O que te ampara nos dias difíceis?
Os meus. A minha família. Os meus amigos. Nunca me falham. Estão lá nos momentos difíceis e estão lá nos momentos mais felizes. Podem achar que não mas isto é ainda mais importante: ter pessoas cujos olhos brilham tanto ou mais do que os nossos quando alcançamos algo que ambicionávamos muito. Ter alguém que nos dê a mão quando estamos mal é valioso, mas ter alguém que bata palmas ao nosso sucesso é ainda mais raro.
- Que objectos salvavas num incêndio?
O meu computador. O meu disco externo e os álbuns de fotografias. A nossa memória pode ser muito traiçoeira. A melhor forma de eternizar momentos e guardar recordações é através das fotografias que vamos coleccionando ao longo da vida. Seria doloroso perdê-las.
- O que as pessoas mais te dizem?
Que sou uma pessoa que sabe bem como viver a vida. E eu acho que têm razão.
- Quando te surpreendes a ti própria?
Quando consigo lidar com as minhas tristezas e ansiedades. Às vezes, tenho desejos momentâneos de me enfiar num casulo até os problemas desaparecerem. Só que a vida não funciona assim. Depois de chorar o que tenho a chorar, arranjo sempre forças para lidar com a dor e encarar o que estiver a acontecer. Tudo passa. O bom e o mau. É preciso existir no entretanto com a certeza de que ninguém é sempre feliz, mas que a felicidade pode existir todos os dias, mesmo nas conquistas mais pequenas e nas coisas mais simples.
- O que não suportas nem toleras?
Preconceito. Discriminação. Intolerância. Não suporto pessoas que não respeitam a individualidade do outro. Não tolero pessoas que vão contra a liberdade do outro. Não suporto, não tolero, nem aceito e, por isso, não me calo. E, acreditem, nós ainda vivemos num mundo tão preconceituoso e intolerante. É assustador!
- Que pessoa, viva ou morta, convidarias para jantar se o sim fosse assegurado?
Anne Frank. Conhecer as atrocidades que foram cometidas é um dos passos para que nunca mais se repitam. Anne Frank, sem o saber, através do seu diário, tornou o mundo um lugar melhor. Gostava de lhe dizer: obrigada!
- O que gostavas que te perguntassem?
O que dizem os teus olhos? Quem nunca teve o sonho de ir ao Alta Definição?