Empoderamento, realização profissional, desfrutar da vida em casal, são muitos os motivos que levam, hoje em dia, as mulheres a adiar a decisão de ser mães. As gravidezes acima dos 40 e 50 anos estão em crescendo, mas apesar de todos os avanços da medicina, continuam a ser, impreterivelmente, gravidezes de risco. Para isto, contribui uma série de factores clínicos que é importante ter presentes a partir dos 35 anos, idade que o corpo da mulher assume uma queda substancial na fertilidade.
Os números não mentem. Segundo dados da Pordata, em 2019, a idade média de uma mãe de primeira viagem era de 30,5 anos, um aumento substancial se recuarmos no tempo e compararmos com dados de 1980, em que a idade média era de 23,6 anos. As estatísticas mostram-nos que a idade que as mulheres escolhem ter filhos vai aumentando de ano para ano, sendo comum, hoje em dia, as chamadas “famílias tardias”, que abraçam o primeiro filho entre os 35 e os 40 anos da mãe. Em 2020, 15,6% das mulheres entre os 40 e os 44 anos foram mães, a maior percentagem de grávidas nesta faixa etária desde a década de 60. Apesar dos avanços da medicina, e da maior segurança para ter filhos nestas idades, uma gravidez acima dos 40 anos continua, automaticamente, a ser uma gravidez de risco, como diz à Magafone a ginecologista do Hospital S. Sebastião, em Santa Maria da Feira, Célia Araújo. “Todas as gravidezes acima dos 40 anos são gravidezes de risco porque aumenta indiscutivelmente o risco obstétrico e materno”, afirma.
Os médicos costumavam definir como “baliza ideal” para engravidar o período entre os 25 e os 35 anos, ainda que as opiniões entre a comunidade médica divirjam neste âmbito, havendo quem aponte para a faixa entre os 27 e os 32 anos. Para Célia Araújo, definir balizas temporais nos tempos actuais já não faz sentido. “Não existe idade aconselhada, o que existem são decisões partilhadas e informadas. Compete-nos, como médicos, dizer às mulheres o risco que correm”, salienta. Torna-se importante conhecer o que acontece ao corpo da mulher depois dos 35 anos. Aquando do nascimento, os ovários já contêm cerca de um milhão de óvulos, número esse que vai diminuindo de ano para ano. O pico fértil acontece entre o final da adolescência e os 29 anos, quando os ovários têm cerca de 300 mil óvulos. Aos 25 anos, a mulher tem 75% de probabilidade de engravidar naturalmente, um número que cai drasticamente para 7-10% depois dos 35 anos. Chegadas aos 40 anos, 60% das mulheres precisam de algum tipo ajuda (técnicas assistidas) para engravidar.

A maior parte das mulheres grávidas depois dos 40 anos tem bebés saudáveis
Engravidar depois dos 40 não tem de ser, contudo, um drama. A maior parte das mulheres nesta faixa etária, se forem saudáveis, têm bebés saudáveis, basta que sejam devidamente vigiadas e acompanhadas. O maior aliado? Preparação. “Acredito muito na pré-concepção: iniciar a suplementação com ácido fólico e iodo antes da gravidez, descartar morbilidades como a hipertensão e a diabetes, controlar o peso, a alteração de hábitos que preconizem o exercício físico regular, tudo isto é fundamental para um menor risco nas gravidezes acima dos 40 anos. Se investirmos na pré-concepção, teremos gravidezes com menor risco”, diz Célia Araújo, sublinhando que “sem hábitos saudáveis, aumenta logo o risco. Quando uma mulher de 35 anos me diz ‘Doutora, não quero engravidar já’, o conselho que deixo é começar a fazer mudanças no seu estilo de vida: não fumar, cuidar da alimentação, fazer exercício. Se começar antes, aumenta o sucesso na gravidez depois”, afirma. A melhor estratégia para ter filhos após os 40 anos é, assim, planear a gravidez, ter uma adequada avaliação pré-concepcional, vigilância pré-natal e assistência no parto. “A esmagadora maioria de gravidezes acima dos 40 anos corre bem”, refere a médica.
Não significa, porém, que se deva ignorar os riscos inerentes. Com o aumento da idade, não é só a quantidade de óvulos que diminui, mas também a qualidade, aumentando a possibilidade de esses óvulos apresentarem alterações cromossómicas. Dentro destas, a mais comum é o Síndrome de Down. Com 30 anos, o risco de Trissomia 21 é de 1 para 600 bebés, aos 40 é de 1 para 100 bebés. Outros riscos se colocam, depois dos 35 anos, como infertilidade, aborto espontâneo, prematuridade, cesariana de emergência, placentas prévias, gravidezes múltiplas, pré-eclâmpsia (hipertensão arterial) ou, a mais frequente de todas, diabetes gestacional. “As mulheres chegam ao meu consultório preocupadas, sobretudo, com as cromossomopatias, querem ter a certeza de que o bebé é saudável. Mas a diabetes é a condição mais prevalente, embora a pré-eclâmpsia não ande longe”, conta Célia Araújo, explicando que “a diabetes na gravidez traz à tona um problema que já é inerente à mulher, tem a ver com factores placentais que aumentam o risco nalgumas mulheres que já têm predisposição. Ajuda se tiverem um bom controlo de peso e uma boa alimentação porque a diabetes pode ser diagnosticada no 1.º ou no 2.º trimestre e, quanto mais tarde for diagnosticada, melhor”, salienta. A mulher está geneticamente predisposta para perder fertilidade ao longo da vida, mas deve cuidar-se para que essa perda não seja antecipada por hábitos pouco saudáveis.

Histórias de esperança da maternidade depois dos 40 anos
Para muitas mulheres, engravidar depois dos 40 é uma escolha consciente, fruto do paradigma actual do prolongamento dos estudos, investimento na carreira e desfrute da vida em casal; mas para outras a gravidez vem como um sonho que já não contavam realizar. A Magafone entrevistou duas mulheres que começaram o percurso na maternidade aos 40 anos com histórias muito diferentes, mas ambas felizes por finalmente terem os bebés nos braços. Sofia Faria lembra que sempre adorou crianças. “Em pequena, queria ter irmãos e lembro-me de pensar que gostava que os meus pais adoptassem um rapaz. Na altura do Natal, participávamos naquelas actividades da Santa Casa da Misericórdia em que trazíamos uma criança para casa para passar um dia connosco e eu queria que adoptássemos um daqueles meninos. Já naquela idade pensava que, se um dia não pudesse ter filhos, havia sempre a possibilidade de adopção”, revela.
A perspectiva acabou por ficar esquecida quando conheceu o companheiro, Sérgio, com quem começou a namorar em 1998. “A partir de 2000, fomos morar juntos e começámos a criar uma vida a dois. As pessoas perguntavam pelo passo seguinte, mas não estava nos nossos planos a curto prazo, queríamos viajar, ser independentes. E o Sérgio não tinha grande afinidade com crianças, incomodava-o pegar-lhes ao colo e vê-las a chorar, nunca falámos em ter filhos. Eu gostava de ser mãe, pensava ‘um dia destes’, mas não era algo que estivéssemos a programar nem que me deixasse ansiosa. De vez em quando, falávamos sobre o assunto, mas eu sempre achei que ele não queria e fui-me dedicando ao trabalho. O meu dia-a-dia preenchia-me, sentia-me completa”, diz Sofia Faria. Os anos foram passando e quase a chegar aos 40, durante o habitual passeio de mota que faziam ao domingo, Sérgio pergunta-lhe ‘e se tivéssemos um filho?’. Sofia quase caiu do assento, mas em Janeiro de 2020 começaram a projectar o bebé. Contou à médica sobre o desejo de ter filhos, fez algumas análises e “à partida estava tudo bem”, mas os meses foram correndo e chegados a Setembro começaram a questionar: “nunca mais engravidamos, há algum problema?”. Combinaram que, se até Janeiro do ano seguinte nada acontecesse, voltariam a repetir os exames. No dia 3 Janeiro, Sofia Faria fez 40 anos e o presente veio pouco depois. Quando a menstruação não apareceu, ela desconsiderou, pensando que seria devido ao período de grande stress que vivia com o mestrado, mas a 12 de Janeiro passou na farmácia para comprar um teste e o resultado: positivo. “Comprei logo uns carapins azuis e à noite dei os sapatos ao Sérgio que me perguntou ‘então e agora?’. Ficou atrapalhado, mas ficou feliz”, revela.
Desejo cumprido, mas preocupações acrescidas. “Pensava ‘será que a gravidez vai correr bem? Já tenho 40, há um conjunto de complicações que podem acontecer’, e começava a ficar assustada”, confessa Sofia Faria. A gravidez, contudo, decorreu “sem problemas. Quase nem me lembrava que estava grávida”, diz, entre risos. O único senão? “Tinha de ter bastante cuidado com a alimentação porque tinha diabetes gestacional”, revela. À medida que os anos foram passado, as pessoas deixaram de perguntar ao casal sobre ter filhos, logo foi com grande surpresa que receberam a notícia de que o pequeno João estava a caminho. “A família directa não contava com um passo destes, as pessoas já estavam mentalizadas que não iríamos ter filhos. Contámos no dia 11 de Março, dia de aniversário do pai do Sérgio, já com todos os exames que mostravam que estava tudo bem com o bebé”, lembra. Sofia Faria não tinha preferência em relação ao género do bebé, mas o seu instinto levou-a no início a comprar uns carapins azuis e quando soube que era menino ficou “muito feliz”.
Aos cinco meses de gravidez, Sérgio surpreendeu-a novamente dizendo ‘A seguir vem uma menina’. Sofia Faria respondeu-lhe prontamente: ‘Durante 20 anos, nada, e agora queres uma equipa de futebol’. Não criou expectativas em relação ao parto porque sabia que “estava fora do seu controlo”. O rebentar das águas acontece a 3 de Setembro e Sofia Faria fica em trabalho de parto desde as 7h00 desse dia até às 6h00 do dia seguinte. Vendo que a dilatação não evoluía, os médicos avançaram para cesariana. “Estava tudo programado para ser parto normal, mas acabou por ser cesariana. Naquela hora queremos é que o bebé saia”, conta esta mãe, confessando que a maternidade lhe trouxe “mais receios e reticências”. “Gostava de dar um irmão ao João, que tem 9 meses agora, mas os primeiros meses foram muito difíceis. Estamos frágeis, as hormonas do avesso, não dormimos, sem paciência, as pessoas não compreendem, opinam, as cólicas, os gritos de dor, o bebé chora e não se sabe o que fazer, isto mexe com uma pessoa”, afirma, não esquecendo a amamentação. “Achei que estava preparada para dar peito, mas praticamente não amamentei. Nos primeiros dias ainda tirava com máquina, mas não chegava, então decidi parar, estava só a desgastar-me a mim e ao bebé. Ajudou bastante a preparação para o parto, ouvir outras mães, a experiência das enfermeiras, falar sobre estas questões, o que poderia acontecer, foi muito importante. E tinha o exemplo da minha mãe, que ao fim de 15 dias o leite não estava a resultar e parou”, refere. Surge novamente a palavra adopção. “Se me perguntassem neste momento ‘preferes ter outro filho ou adoptar?’ eu diria ‘adoptar’. Há muitas crianças que precisam de amor”, comenta.

Medos e preocupações persistem depois do bebé chegar
O espírito positivo e tranquilo de Sofia Faria não a deixa, contudo, esquecer-se das preocupações relativas à idade. “Começo a fazer contas, tenho receio de não o ver crescer, de não ver o meu filho a ser pai, mas depois lembro-me que nada disso está nas nossas mãos e não sabemos quanto tempo cá estamos. A vantagem é que sou mãe com ternura de avó, tenho toda a paciência que os avós têm”, brinca. Os mesmos pensamentos em relação à idade teve-os Marta Bernardes, outra mãe de 40 anos. “Quando vemos o teste positivo, vêm os medos todos: ‘quando o meu filho for para a faculdade vão achar que sou avó dele’, ‘as costas não vão aguentar andar com ele ao colo’, ‘não vou conseguir”, lembra. Duas mães com as mesmas preocupações e duas mães que desde cedo tinham considerado outras alternativas de maternidade. Enquanto Sofia Faria pensava em adopção, Marta Bernardes já tinha pensado em ser mãe solteira. “Sempre quis ser mãe, ponderei ser mãe solteira, mas não é fácil conciliar ser workaholic com ser mãe solteira, então nunca avancei”, refere.
O sonho de ser mãe foi também sendo adiado devido a percalços na saúde. Quando começou a namorar, Marta Bernardes marcou consulta no ginecologista e foi aí que descobriu que tinha cancro do colo do útero. “Não pude engravidar durante os três anos seguintes”, conta. Tinha 33 quando foi diagnosticada e aos 36, quando decidiu investir nesse sonho, os resultados não foram os esperados. “Fiz uma série de exames porque não estava a conseguir engravidar, mas era o stress, que acaba por influenciar, e a carga de trabalho também não ajudou. Fiz alguns tratamentos de fertilidade, mas acabei por desistir”, revela. As 40 anos, a ideia de ser mãe estava “arrumada. Já não me imaginava a engravidar e até fiz obras em casa e ocupei o que inicialmente estava destinado para o quarto do bebé”, diz. Aos 45 anos, porém, surge o teste positivo e então vieram os medos, especialmente porque já não era o primeiro teste positivo que tinha em mãos. “Já tinha perdido bebés, não os conseguia segurar”, afirma.
A reação ao ver o teste? “Fiquei completamente em choque. Pensava ‘não sei quanto tempo vou aguentar, vou perder outra vez’. Mas quando contei ao meu marido, ele ficou felicíssimo e esses medos desapareceram. Aos três meses, tive de parar completamente porque um dia saí do trabalho a correr com uma hemorragia e a médica disse-me ‘ou vai para casa descansar ou vai perder a última oportunidade que Deus lhe deu’. Era o meu sonho, não podia perder esta chance”, salienta. Ao contrário de Sofia Faria, a gravidez de Marta Bernardes foi “muito difícil, a vomitar do primeiro ao último dia, até rebentar narinas e garganta. Mas houve momentos maravilhosos, sentir o pé do bebé a chutar, a barriga a crescer, é mágico”, afirma. Controlou bem o peso, só aumentou 12kg, mas o dia em que o Martim nasceu já estava a “rebentar pelas costuras. Nesse dia, fomos caminhar, fiz 1,5km, pareceu uma maratona. Duas horas depois, comecei a ter contrações. No dia 18 de Fevereiro, às 36 semanas, nasceu o Martim. Eu queria muito que fosse um parto natural, queria sentir o que era ser mãe na sua essência, mas ele tinha o cordão à volta do pescoço e quando a médica percebeu fomos logo para cesariana”, conta.
A família ficou felicíssima com a chegada deste bebé tardio que gerou tanta preocupação. “Eu própria antes do Martim pensava ‘nem penses em engravidar depois dos 40, a criança pode ter complicações’. Quando fazia ecografias, a médica repetia as imagens as vezes que fossem necessárias para tirar qualquer dúvida e eu ia sempre com o coração nas mãos. Mas as doenças não têm idade para aparecerem”, refere. O facto é que Marta, com 45 anos, e o marido 13 anos mais velho fazem com que Martim, que ainda agora nasceu, já tenha “cunhados e sobrinhos. Os medos estão atenuados, mas não deixam de existir”, diz Marta Bernardes, que assim que deixou de amamentar, aos oito meses, apercebeu-se de um caroço que trazia consigo outro diagnóstico desfavorável: cancro da mama. “A vida trouxe-me esta doença e agora o que quero é estar o mais tempo sã para cuidar do meu menino, tenho de tratar de mim para poder tratar dele, tenho de durar muitos anos, estar o mais presente possível e sem dar trabalho. Vendo as coisas de outro modo, sou privilegiada porque estive até hoje a maior parte do tempo com ele, resguardei-o, vi todas as fases de crescimento dele, que são extraordinárias, começar a gatinhar, a palrar, as gargalhadas, é fantástico. Tem 2 anos e 3 meses e fala pelos cotovelos, já conta até 10, é um menino muito inteligente, a vida tem mais sabor com ele”, afirma. Ambas as mães referem que uma coisa que a maternidade lhes deu foi a “relativização de problemas. Há coisas que achava que eram importantes e que agora já não são”, diz Marta Bernardes.

Pré-concepção é chave para uma gravidez tardia de sucesso
Exemplos de esperança da maternidade depois dos 40 anos que provam que a mulher se mantém fértil até perto dos 50, início da menopausa. Mas até depois dessa idade há gravidezes registadas. “Tivemos uma grávida com 51 anos há dois, três anos”, dizem à Magafone as médicas do Hospital S. Sebastião, em Santa Maria da Feira. “Não tem tanto a ver com a idade, mas sim com as morbilidades da doente. Não colocamos limites, apenas apoiamos e fazemos uma vigilância apertada. As percentagens não são pessoas”, afirma Célia Araújo, reiterando a importância da pré-concepção. “Todas as mulheres devem fazer uma pré-concepção, uma consulta especializada com o médico obstetra em que ele expõe os riscos que ela corre em protelar a maternidade. As mulheres devem estar informadas e a informação obtém-se junto dos profissionais especializados”, salienta. Sobre a perspectiva em voga de criopreservar óvulos depois dos 35 anos, idade em que a fertilidade diminui significativamente, a ginecologista não acha necessário. “Numa mulher saudável não faz muito sentido, esse é um procedimento normalmente utilizado para uma mulher com uma patologia oncológica. A mim, contudo, só me compete apoiar, as decisões não são comigo, cada um toma as suas”, afirma.
Muitos médicos, por outro lado, aconselham este procedimento, que tem reunido ao longo dos anos cada vez mais adeptas, e avisam que deve ser feito mais cedo do que tarde. Cerca de 85% a 90% dos óvulos sobrevivem ao processo de descongelamento, mas o sucesso da implantação depende não da idade com que a mulher a realiza, mas sim da idade com que decidiu fazer a criopreservação. Antes dos 35 anos, as mulheres interessadas devem, assim, ponderar esta opção, sendo que os tratamentos de fertilidade podem ser feitos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) até aos 43 anos, dependendo da técnica utilizada, com direito a três tentativas de implantação, e no sector privado até mais tarde; com uma taxa de sucesso, no cômputo geral, que ronda os 30%. Mulheres com problemas de fertilidade devem fazer a colheita de óvulos mais cedo pois a sua reserva ovárica, em princípio, será menor. Em Portugal, os óvulos podem ser criopreservados por um período de cinco anos, renovável por mais cinco, e o custo ronda os 2000-3000€, sendo este um procedimento apenas feito no sector privado. “A maternidade tardia levanta outras questões, além dos riscos de saúde, como o desenvolvimento da criança, os progenitores mais idosos com maior risco de adoecer, o maior cansaço das mães e recuperação mais lenta porque o corpo de 40 não é igual ao de 20. São factores sociais, mas a verdade é que o ser humano está sempre em mudança e quem saber se não estamos a caminhar para uma maternidade cada vez mais tardia. Já baixámos a taxa de gravidez na adolescência e está a aumentar a taxa de mulheres com gravidezes tardias. Seria bom um meio-termo, seria mais saudável para todos”, conclui Célia Araújo.

Célia Araújo
Ginecologista Hospital S. Sebastião