
Advogada e voluntária na Refood
O voluntariado é, para mim, antes de mais, um ato de cidadania, uma decisão de não ficar indiferente aos problemas que afetam a sociedade.
A pandemia despertou a consciência da importância da solidariedade na comunidade, multiplicando-se o número de pessoas que, pela primeira vez, procuraram uma instituição com a qual se identificassem para fazer trabalho voluntário.
Essa procura foi visível na Refood, onde sou voluntária há cerca de seis anos e que, diariamente, recebe contactos de interessados em fazer parte deste movimento.
Pessoalmente, sinto que o trabalho de voluntariado numa instituição que tem como lema Reaproveitar para Alimentar me trouxe um olhar diferente para os problemas da sociedade.
Desde logo, tenho uma maior consciência do desperdício alimentar e da absolutamente inacreditável quantidade de comida em perfeitas condições que, sem o trabalho de centenas de voluntários por todo o país, seria deitada para o lixo.
Por outro lado, as horas do meu tempo livre que, semanalmente, dedico ao voluntariado fazem-me sentir muitíssimo realizada por perceber que o meu gesto faz a diferença na satisfação de uma necessidade tão básica como é a alimentação e que, no entanto, sem o trabalho de instituições como a Refood, muitas famílias não teriam assegurado.
Finalmente, o trabalho voluntário permite a aproximação e a convivência de pessoas das mais diversas idades, com formação em diferentes áreas, cada uma com a sua história, o que é imensamente enriquecedor.
Acredito que o voluntariado veio para ficar e que todos nós temos o poder de melhorar a comunidade em que nos inserimos!